A Conmebol tomou a decisão de excluir alguns clubes das competições continentais para lidar com as consequências de um desastre natural. A situação rompeu a boa relação que a entidade tinha com os participantes e acabou desgastando o regulamento da Copa Libertadores da América. Diante disso, a questão foi determinante para alterar a história do torneio.
Em 2009, a H1N1, conhecida como gripe suína, provocou problemas entre os mexicanos, onde a doença surgiu e se alastrou pelo mundo, e a entidade que administra o futebol sul-americano. Isso porque, na época, o país tinha três participantes na Copa Libertadores da América. No entanto, a Conmebol tomou a decisão de excluir os vizinhos dos Estados Unidos na competição continental.
O celeuma começou ainda na fase de grupos da Libertadores, então foram notificadas incertezas sobre a sequência dos mexicanos no torneio. Ainda haviam diversas dúvidas sobre os jogos que poderiam ser disputados. Um jogador, inclusive, chegou a ser punido por cuspir, tossir e assoar o nariz na direção de um adversário (o zagueiro Héctor Reynoso).
Durante a disputa do mata-mata, a situação ficou insustentável. Duas das três equipes mexicanas que participavam daquela edição do torneio se classificaram para as oitavas de final. A questão gerou problemas para a Conmebol definir a tabela.
O San Luis enfrentaria o Nacional, do Uruguai, enquanto o Chivas ficou definido com o São Paulo. No entanto, a entidade proibiu os jogos no México para não contribuir com a proliferação da doença. As equipes mexicanas teriam que mandar os mata-matas em outros países. No entanto, Chile, Colômbia e Paraguai recusaram a recebê-los.
Diante disso, a entidade teve que decretar que os confrontos envolvendo os clubes mexicanos aconteceriam em jogo único, na casa dos adversários. Por conta da decisão, a Federação Mexicana de Futebol prestou reclamações sobre a Conmebol. Os sul-americanos foram acusados de preconceito em prol de defender os interesses de seus filiados.
Conmebol reconstruiu ligação com os mexicanos
Os mexicanos romperam relações com o órgão e retiraram seus clubes da disputa da Copa Libertadores, fazendo Nacional e São Paulo se classificarem automaticamente para as quartas de final. Pouco tempo depois, no entanto, as partes reconstruíram a ligação ao dar vaga direta para Chivas e San Luis na fase de mata-mata da próxima Libertadores.
