Por conta das enchentes que prejudicaram Inter e Grêmio no Rio Grande do Sul, os clubes do futebol brasileiro estão se manifestando sobre a possibilidade de paralisação do Campeonato Brasileiro. Mais de metade das equipes se posicionaram a favor de paralisar a competição nacional, porém três continuam irredutíveis na postura contra o adiamento dos jogos: São Paulo, Palmeiras e Flamengo.
Diante da situação, o presidente do São Paulo, Júlio Casares, deu uma nova declaração sobre a possibilidade de paralisação. O mandatário questionou a postura dos clubes e perguntou quem será ajudado caso o campeonato seja interrompido, como é o desejo da maioria dos times. O dirigente acredita que o adiamento dos jogos seria somente algo simbólico.
“O grande jogo, que não deve parar, é o da solidariedade. Esse é o gol de placar. A indústria do futebol é muito importante. Claro que existe uma dor nacional, mas temos que agir com muita razão e cautela. Parar duas rodadas ajuda no que? Ou isso é um simbolismo? Se for simbolismo, ele está aqui”, salientou o presidente do São Paulo em entrevista para a ESPN Brasil.
Presidente do São Paulo se coloca contra o Inter
O dirigente acredita que o futebol brasileiro deve continuar enquanto Inter, Juventude e Grêmio tenham condições de ”equiparação esportiva”. O mandatário cita que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) poderia agir com ações para contribuir na reconstrução dos clubes que perderam diversas estruturas em meio ao caos gerado pelas enchentes no Rio Grande do Sul.
“O futebol pode continuar, garantindo aos clubes do Rio Grande do Sul – Juventude, Grêmio e Internacional – todas as condições de equiparação esportiva. Que eles tenham um calendário adequado, que o campeonato se estenda, que se preparem mais. Quem sabe a CBF comece a trabalhar em um grande fundo para ajudar na reconstrução dos clubes, como dos gramados. A CBF poderia ser a condutora disso”, afirma Júlio Casares.
